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Radiculopatia Cervical
Coluna
O que é?
A radiculopatia cervical é uma condição clínica caracterizada por dor unilateral no braço, anestesia e formigueiro numa distribuição dermatomal na mão e fraqueza em grupos musculares específicos.
A avaliação consiste num exame neurológico completo, radiografias da coluna cervical incluindo incidências em flexão‑extensão, e ressonância magnética da coluna cervical.
O tratamento não operatório tem sucesso em 75 %–90 % dos doentes, reservando‑se a descompressão cirúrgica para casos refractários ou doentes com défices neurológicos progressivos.
O diagnóstico pode ser suspeitado clinicamente com testes provocativos do supra‑espinhoso, infra‑espinhoso, redondo menor e subescapular, mas a confirmação requer uma RMN do ombro.
O tratamento pode ser não operatório ou operatório, consoante a cronicidade dos sintomas, a gravidade da rotura, o grau de atrofia gorda muscular, a idade do doente e as exigências da sua atividade.
Epidemiologia
Incidência
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107,3 por 100 000 homens anualmente
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63,5 por 100 000 mulheres anualmente
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Pico de incidência entre os 50 e os 54 anos
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Fatores de risco
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Raça branca
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Tabagismo
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Radiculopatia lombar prévia
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Etiologia
Fisiopatologia
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Causas
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Espondilose cervical degenerativa
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Complexo de discosteófitos e perda da altura discal
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Esporões condroósseos das facetas articulares e uncovertebrais
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Hérnia discal (“disco mole”)
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Intraforaminal -Dor predominantemente radicular
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Posterolateral
Mais comum
Entre o bordo posterior do processo uncinado e o bordo lateral do ligamento longitudinal posterior
Predominantemente sintomas motores -
Hérnia central – Geralmente apresenta sintomas mielopáticos
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Fenómeno de dupla estenose
Compressão combinada da raiz cervical e compressão nervosa distal
O fluxo axoplasmático diminuído pela compressão radicular predispõe nervos periféricos a síndromes de aprisionamento -
Causas raras
Tumores intraespinhais/extraespinhais
Trauma com avulsão da raiz nervosa
Quistos sinoviais
Quistos meníngeos
Fístulas artério‑venosas durais
Artérias vertebrais tortuosas -
Compressão neural
Irritação da raiz nervosa causada por Compressão direta e/ ou Irritação por mediadores químicos da dor
Afeta a raiz nervosa abaixo
A patologia em C6/7 afeta a raiz nervosa C7
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Anatomia
Articulações
Articulações facetárias
Hiperplasia das facetas e osteófitos podem comprimir a raiz nervosa dorsalmente
Espaço discal
A perda de altura discal pode diminuir o volume do neuroforame
Articulações uncovertebrais
Osteófitos da articulação posterior podem comprimir o nervo em saída anteriormente
Disco intervertebral
Ânulo fibroso
Camada externa fibrosa espessa do disco intervertebral
Mais espesso ventralmente do que dorsalmente
Núcleo pulposo
“Amortecimento” entre os corpos vertebrais
90 % de água em doentes < 30 anos
Diminui para 70 % na oitava década de vida

Anatomia da raiz nervosa
Diferenças chave entre coluna cervical e lombar
Desconexão pedículo/raiz nervosa
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Na coluna cervical, a raiz C6 passa acima do pedículo C6 (desconexão)
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Na coluna lombar, a raiz L5 passa abaixo do pedículo L5 (conexão)
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Raiz C8 extra (sem pedículo C8) permite transição
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Anatomia horizontal (cervical) vs. vertical (lombar) da raiz
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Devido à anatomia vertical da raiz lombar, hérnia paracentral e foraminal afetam raízes diferentes
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Devido à anatomia horizontal da raiz cervical, hérnia central e foraminal afetam a mesma raiz
Curso ventrolateral a partir da medula
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Predispõe à compressão ventral
Áreas histológicas da coifa (5 camadas)
- O lado articular tem apenas metade da resistência do lado bursal, explicando por que a maioria das roturas é articular

Apresentação
Sintomas
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Cefaleia occipital (comum)
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Dor trapezial ou interescapular
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Dor cervical
Início insidioso agravado por movimento vertebral
Origem discogénica ou mecânica por artrose facetária
Dor pode irradiar aos ombros -
Dor unilateral no braço
Dor maçante irradiando pelo braço
Frequentemente difusa e não dermatomal - Dormência e formigueiro dermatomal unilateral
Dormência/formigueiro no polegar (C6)
Dormência/formigueiro no dedo médio (C7) - Fraqueza unilateral
Dificuldade em actividades acima da cabeça (C7)
Dificuldade na força de preensão (C7)
Exame físico
Achados comuns e testáveis
Radiculopatia C4
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Escápula alada
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Dormência e dor na base do pescoço
Radiculopatia C6
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Fraqueza de braquiorradial e extensão de punho
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Reflexo braquiorradial diminuído
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Parestesias no polegar e face radial do antebraço
Radiculopatia C8
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Fraqueza na flexão das falanges distais do dedo médio e do indicador (dificuldade em funções motoras finas)
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Parestesias no dedo anelar e mínimo
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Muito rara; frequentemente mimetiza neuropatia ulnar
Radiculopatia C5
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Fraqueza de deltóide e bíceps
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Reflexo do bíceps diminuído
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Dor e dormência no ombro superior e braço lateral
Radiculopatia C7
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Fraqueza de tríceps e flexão de punho
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Reflexo do tríceps diminuído
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Parestesia no dedo médio
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Raiz mais frequentemente afetada em diversos estudos
Radiculopatia T1
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Fraqueza dos músculos intrínsecos da mão
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Dormência axilar
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Síndrome de Horner ipsilateral

Teste provocativos
- Teste de Spurling
Extensão, rotação para o lado afetado, inclinação lateral e compressão vertical reproduzem sintomas no braço
Estenose do neuroforame agrava sintomas
Específico, mas pouco sensível - Teste de abdução do ombro
Abdução alivia os sintomas, reduz tensão nervosa
Útil para diferenciar patologia cervical de causas locais de ombro/braço - Testes de tensão do membro superior
- Manobra de Valsalva
- Teste de distração cervical
Verificar sinais de mielopatia em grandes hérnias discais centrais

Imagiologia
Radiografias
Achados
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Gerais
Alterações degenerativas das articulações uncovertebrais e facetárias
Formação de osteófitos
Estreitamento do espaço discal e esclerose dos platôs vertebrais -
Radiografia lateral
Importante para avaliar o alinhamento sagital e o diâmetro do canal vertebral
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Radiografia oblíqua
Melhor para identificar estenose foraminal por osteófitos
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Flexão e extensão
Avaliar instabilidade angular ou translacional
Procurar subluxações compensatórias acima ou abaixo do segmento espondilótico/rigidificado
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Sensibilidade & especificidade
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As alterações radiográficas muitas vezes não correlacionam com os sintomas
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70 % dos doentes ≥ 70 anos apresentam alterações degenerativas nas radiografias simples
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RMN
Indicações
Sinais de alarme (“red flags”): febre, perda de peso, dor noturna, sintomas persistentes após 6 semanas de tratamento conservador, fraqueza motora
Incidências
Imagem axial em T2 é a modalidade de eleição para avaliar partes moles
O LCR aparece hiperintenso; há perda de sinal de LCR em compressão medular ou radicular
Achados
Degeneração e hérnia discal
Estenose foraminal com compressão radicular (perda de gordura perineural)
Compressão central com apagamento do LCR
Sensibilidade & especificidade
Alto índice de falsos positivos (28 % dos ≥ 40 anos apresentam hérnia discal ou estenose foraminal)
50 % dos ≥ 40 anos apresentam disco degenerado na RMN

TC
Indicações pré‑operatórias
Avaliação da anatomia óssea: formação de osteófitos e ossificação do ligamento longitudinal posterior (menos visível em RMN/radiografia)
Planeamento de instrumentação
Indicações pós‑operatórias
Estudo de eleição para detetar pseudoartrose

Mielografia por TC
Indicações
Substitui em grande parte a RMN em doentes com contraindicação (p. ex., marca‑passos)
Útil em doentes com material de osteossíntese causando artefacto na RMN
Técnica
Injeção intratecal de contraste solúvel via punção C1‑C2, permitindo difusão caudal
Em seguida, punção lombar e difusão cefálica em posição de Trendelenburg

Estudos
Estudos de condução nervosa
- Elevada taxa de falsos negativos
- Sensibilidade de 40 % a 70 %
- Não é um bom exame de rastreio
- Pode ajudar a distinguir processo periférico de central (ex.: SLA)
- Fibrilações e ondas agudas positivas na distribuição afetada
- Podem não manifestar‑se até 3 semanas após o início dos sintomas
- Músculos paravertebrais afetados antes dos músculos apendiculares
- Potenciais de ação sensitivos geralmente normais
- A compressão ocorre habitualmente proximal ao gânglio da raiz dorsal
- Diminuição proporcional do potencial de ação muscular composto à atrofia do músculo
Injeções seletivas de corticoide na raiz nervosa
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Podem ajudar a confirmar o nível de radiculopatia em doentes com envolvimento de vários níveis, quando o exame físico e o EMG não localizam com precisão o nível
Diagnóstico diferencial
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Síndrome do túnel cárpico
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Síndrome do túnel cubital
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Síndrome de Parsonage‑Turner
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Síndrome do desfiladeiro torácico
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Mielopatia cervical
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Lesão do plexo braquial
Tratamento
Não operatório
Repouso, medicamentos e reabilitação
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Indicações
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75 % dos doentes com radiculopatia melhoram com tratamento não operatório
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Melhoria através da reabsorção de discos moles e diminuição da inflamação em redor das raízes nervosas irritadas
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Regresso às atividades
- Indicado após resolução dos sintomas e RM demonstrando ausência de compressão medular
- Estudos mostram retorno mais rápido com breve ciclo de metilprednisolona oral (Medrol Dose Pack)
- Sem aumento do risco de lesão medular subsequente
Injeções seletivas de corticoide na raiz nervosa
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Indicações
Podem ser usadas como opção terapêutica ou diagnóstica -
Resultados
Alívio a longo prazo em 40‑70 % dos casos
Risco aumentado comparado a injeções lombares; possíveis complicações raras como Punção dural, Meningite, Abscesso epidural e Lesão da raiz nervosa
Operatório
Discectomia e fusão cervical anterior (ACDF)
- Indicações
- Dor persistente e incapacitante, refratária a três meses de tratamento conservador
- Défices neurológicos progressivos e significativos
- Défice neurológico estático associado a dor radicular intensa
- Resultados
- Continua a ser o padrão‑ouro na cirurgia da radiculopatia cervical
- ACDF de nível único não contraindica o regresso ao desporto em atletas
- Muito elevada taxa de sucesso em doença de nível único
- Taxa de pseudoartrose: 20 % em nível único vs. > 50 % em multíplos níveis
- A pseudoartrose não parece correlacionar-se com os resultados clínicos

Foraminotomia cervical anterior
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Indicações
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Compressão radicular unilateral isolada
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Evitar fusão em doentes com alto risco de pseudoartrose (fumadores, diabéticos)
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Resultados
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Estudos limitados; não amplamente aceite
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Relatada taxa de 98 % de resultados excelentes
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Foraminotomia posterior
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Indicações
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Hérnia discal foraminal suave causando radiculopatia de nível único
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Estenose foraminal por osteófitos
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Falha do tratamento não operatório
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Doentes de alto risco para abordagem anterior ou com cirurgia prévia
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Contra-indicações
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Hérnia discal central grande
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Mielopatia cervical
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Instabilidade
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Ossificação do ligamento longitudinal posterior (OPLL)
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Deformidade cifótica
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Resultados
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Taxa de sucesso > 91 %
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Reduz o risco de lesão iatrogénica comparado à abordagem anterior
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Taxa de complicações ~ 3 %
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Sem diferença de resultados clínicos vs. ACDF
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Regresso ao trabalho mais rápido e custo inferior vs. ACDF
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Artroplastia discal cervical
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Indicações (controversa): doença de nível único com artrose facetária mínima
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Resultados
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Equivalente à ACDF em dor de braço, NDI, SF‑36 e melhoria neurológica
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Efeito na doença de nível adjacente incerto (≈ 3 %/ano para todas as técnicas)
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Revisões sistemáticas não mostram diferença em taxa de doença adjacente vs. ACDF
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Menor taxa de reoperação vs. ACDF
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Menor intensidade/frequência de dor cervical vs. ACDF
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Alta incidência de ossificação heterotópica (60 %) sem afetar a mobilidade
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Técnicas
Repouso, medicação e reabilitação
- Técnicas (poucas evidenciadas)
- Imobilização
- Curto período (< 1–2 semanas) pode diminuir inflamação e espasmo muscular
- Evitar imobilização prolongada (atrofia muscular cervical)
- Medicação
- AINEs / inibidores de COX‑2
- Corticosteroides orais
- Inibidores de GABA (Gabapentina)
- Narcóticos (uso a curto prazo na fase aguda)
- Relaxantes musculares
- Reabilitação
- Calor húmido
- Exercícios isométricos cervicais
- Tração/manipulação (evitar em doentes com mielopatia)
- Imobilização
Injeções seletivas de corticoide na raiz nervosa
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Abordagem
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Sob orientação fluoroscópica
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Injeção de esteróide e anestésico local
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Estudos não mostram diferença em alívio de dor a longo prazo entre anestésico isolado ou combinado com corticoide
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Discectomia cervical anterior e fusão (ACDF)
- Abordagem
- Técnica de Smith‑Robinson
- Incisão transversal para doença de 1–2 níveis
- Incisão longitudinal para doença de múltiplos níveis, corpectomias ou pescoços curtos e espessos
- Exposição de C7‑T1
- Maior risco de lesão do ducto torácico na abordagem esquerda
- Menor risco de lesão do nervo laríngeo recorrente na abordagem esquerda
- O nervo passa entre traqueia e esófago
- Deslocamento do retractor pode comprimi‑lo contra o tubo traqueal
- Teoricamente, esvaziar o cuff reduz esse risco
- Marcos superficiais para os níveis
- C1‑2: margem inferior da mandíbula
- C3‑4: osso hioide
- C4‑6: cartilagem tiroideia
- C5‑6: cartilagem cricoide
- Técnica
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Descompressão
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Enxerto ósseo para aumentar a altura discal e descomprimir indirectamente o neuroforame
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Corpectomia e enxerto estrutural em spondilose multi‑nível
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Fixação
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Placa anterior para aumentar taxa de fusão e manter posição de cage/enxerto
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Maior custo e risco de complicações face à exposição acrescida
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Reduz extrusão de implantes e colapso de enxertos
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Placas modernas permitem fixação suficiente com parafusos unicorticais
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Placas dinâmicas
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Permitem assentamento controlado e carga fisiológica do enxerto
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Potencial benefício de maior fusão e menor soltura de parafusos
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Placas estáticas
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Mantêm parafusos a ângulos fixos (como placa bloqueada)
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Sem diferença em fusão em doença de nível único com ou sem placa
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Em multíplos níveis, a placa aumenta fusão, reduz complicações de enxerto, diminui reoperações e acelera retorno ao trabalho
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- Enxertos
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Autoenxerto
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Local
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Crista ilíaca (padrão‑ouro; causa dor no local, minimizada com exposição limitada e dissecção cuidadosa)
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Aloenxerto
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Maior risco de transmissão de doença
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Taxas de pseudoartrose (41 % vs 27 %) e afundamento (28 % vs 16 %) superiores
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Enxerto estrutural
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Crista ilíaca, fíbula, patela
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Cuidados pós‑operatório
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Ambulatório no dia da cirurgia
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Colar macio curto; colar rígido prolongado se não houve placa
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ROM e reforço a partir de 6 semanas
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Retorno total em 3 meses
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Prós & Contras
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Complicações da via anterior (p. ex., disfagia persistente)
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Doença de nível adjacente e ossificação adjacente (mais provável se a placa estiver < 5 mm do disco supra‑adjacente)
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Foraminotomia cervical anterior
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Abordagem
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Via anterolateral cervical, com divisão longitudinal do longo do estiloides medialmente ao tubérculo anterior do processo transverso
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Técnica
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Remoção da articulação uncovertebral e descompressão da raiz em saída
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Prós & Contras
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Evita fusão no nível envolvido
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Risco de lesão do tronco simpático e artéria vertebral
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Foraminotomia posterior
- Abordagem
- Posicionamento
- Sentado: confortável, menos sangramento epidural, mas risco de embolia aérea venosa
- Ventral: familiar para a maioria
- Via posterior
- Aberta: desinserção muscular de lâmina e processo espinhoso, exposição lateral da massa lateral
- Microendoscópica: mínima invasão, menos sangramento, OR mais rápido, internamento mais curto, menos analgésicos, eficácia semelhante à aberta
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Técnica
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Em hérnia anterior, remover parte superior do pedículo inferior
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Tração mínima da raiz, descompressão por detrás, acima e abaixo
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Prós & Contras
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Vantagens: evita fusão e complicações anteriores
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Desvantagens: difícil remover complexo discosteofítico, não restabelece altura discal, dor e espasmo muscular, sangramento epidural, não corrige alinhamento sagital
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- Posicionamento
Artroplastia discal cervical
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Abordagem
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Smith‑Robinson anterior
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Prós & Contras
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Evita pseudoartrose
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Complicações
Pseudoartrose
- Incidência: 5 %–10 % nas fusões de nível único; 30 % nas fusões de múltiplos níveis
- Fatores de risco: tabagismo, diabetes, fusões de vários níveis, cirurgia de revisão
- Tratamento:
- Se assintomático, observação
- Se sintomático, fusão cervical posterior ou nova descompressão anterior com placagem em caso de sintomas radiculares
- Fusões posteriores apresentam melhores taxas de consolidação
Lesão do nervo hipoglosso
- Complicação reconhecida em cirurgias anteriores de níveis cervicais altos
- Desvio da língua para o lado da lesão
Lesão vascular
- Lesão da artéria vertebral (potencialmente fatal)
- Muito rara; percurso vertebral aberrante aumenta o risco
Disfagia
- Risco maior em níveis altos (C3–C4)
- Minimizada com o uso de cages “zero‑profile” para reduzir a proeminência do material anterior e a compressão de estruturas pré‑vertebrais (ex.: esófago)
Lesão esofágica
- Rara mas devastadora
- Perfuração precoce (intraoperatória) por instrumentos cortantes
- Prevenir com retratores rombos e evitar retração excessiva
- Reparar imediatamente ao detetar
- Perfuração tardia por afrouxamento ou soltura da placa
- Reparação tecnicamente exigente
- Requer utização de sonda nasogástrica e nutrição parenteral prolongada
Síndrome de Horner
- Ptose, anidrose, miose, enoftalmia e perda do reflexo ciliospinal no lado afetado
- Decorrente de lesão do tronco simpático junto ao longus colli em C6
Doença de segmento adjacente
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Complicações das vias aéreas
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Fatores de risco: duração cirúrgica prolongada (> 5 h), exposição acima de C4, fusão de > 4 níveis
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