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Hérnia Discal Lombar
Coluna
O que é?
A hérnia discal lombar é causa muito comum de dor lombar e dor unilateral no membro inferior (radiculopatia). Em casos raros, uma hérnia volumosa pode desencadear síndrome da cauda equina, exigindo diagnóstico e tratamento de emergência.
O diagnóstico baseia‑se no exame clínico, confirmado por RM da coluna lombar.
O tratamento da dor radicular é inicialmente não operatório, com medicação oral e fisioterapia. A microdiscectomia cirúrgica está indicada apenas em casos de dor severa e/ou défice motor refratário ao tratamento conservador. Na síndrome da cauda equina, a microdiscectomia deve ser realizada emergencialmente, idealmente dentro de 48 horas.
Epidemiologia
Incidência
- Pico na 4.ª e 5.ª décadas de vida
- Prevalência ao longo da vida de 10 %
- Apenas ~ 5 % tornam‑se sintomáticas
Demografia
- Proporção 3:1 homens:mulheres
Localização
- Nível L5/S1 mais frequente
- 95 % envolvem os níveis L4/5 ou L5/S1
Etiologia
Patoanatomia
-
Tração torsional recorrente provoca fissuras no ânulo externo, permitindo herniação do núcleo pulposo
-
Região mais fraca: margem lateral do ligamento longitudinal posterior
-
Local comum de hérnias posterolaterais/paracentrais
-
Nervos sinuvertebrais inervam o ânulo posterior, mediando dor vertebrogénica antes ou durante a hérnia
Fisiopatologia
-
Senescência de fibrocondroblastos conduz a perda de proteoglicanos e diminuição da altura discal
-
A perda de altura aumenta a tensão no ânulo fibroso, gerando fissuras
-
O núcleo pulposo hernia através da rotura
-
Discos jovens, bem hidratados, herniam com mais facilidade; em pediatria, pode ocorrer fratura de Salter‑Harris II da apófise anular
-
Discos envelhecidos, dessicados, herniam com menor frequência
-
Sintomas de ciática resultam da combinação de compressão mecânica e inflamação associada

Anatomia
Composição do disco
Ânulo fibroso
-
- Composto por colagénio tipo I, água e proteoglicanos
- Caracterizado por extensibilidade e resistência à tração
Núcleo pulposo
-
Composto por colagénio tipo II, água e proteoglicanos
-
Caracterizado por compressibilidade
-
Estrutura avascular
-
Nutrientes fornecidos por difusão através das placas terminais
Anatomia da raiz nervosa
-
Diferença chave entre coluna cervical e lombar
-
Desconexão pedículo / raiz nervosa
-
Coluna cervical: raiz C6 passa sob o pedículo C5 (desconexão)
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Coluna lombar: raiz L5 passa sob o pedículo L5 (conexão)
-
Raiz C8 extra (sem pedículo C8) permite transição C7–T1
-
-
Anatomia horizontal (cervical) vs. vertical (lombar)
- Na coluna lombar, hérnia paracentral e foraminal afetam raízes diferentes
- Na coluna cervical, hérnia central e foraminal afetam a mesma raiz

Classificação
Localização
Prolapso central
-
- Frequentemente associado apenas a dor lombar
- Pode apresentar síndrome da cauda equina, que é emergência cirúrgica

Posterolateral (paracentral)
-
- Mais comum (90–95 %)
- O ligamento longitudinal posterior é mais fraco aqui
- Afeta a raiz nervosa que desce
- Em L4/5 afeta a raiz L5

Foraminal (far lateral, extraforaminal)
-
- Menos comum (5–10 %)
- Afeta a raiz nervosa que sai
- Em L4/5 afeta a raiz L4
- O material discal herniado comprime diretamente o gânglio da raiz dorsal
- Pode manifestar‑se com dor mais intensa do que a hérnia posterolateral tradicional

Axilar
-
-
Pode afetar tanto a raiz que sai como a que desce
-
Morfologia
-
Protusão
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Abaulamento excêntrico com ânulo intacto
-
-
Extrusão
-
Material discal hernia através do ânulo mas mantém continuidade com o espaço discal
-
-
Fragmento sequestrado (livre)
-
Material discal hernia através do ânulo e deixa de manter continuidade com o espaço discal
-
Propenso a migração proximal ou distal
-
Contenção
-
Contido
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Material discal contido sob o ligamento longitudinal posterior
-
-
Não contido
-
Material discal passa dorsalmente ao ligamento longitudinal posterior
-
Temporal
-
Agudo
-
Hérnias presentes há < 3–6 meses
-
Importante consideração, dado que os resultados cirúrgicos dependem da cronicidade
-
-
Crónico
-
Hérnias presentes há > 6 meses
-
Apresentação
Historial
- Início súbito de dor após levantar um objeto pesado
- Exposição ocupacional
- Assentar prolongado com flexão lateral e rotação na presença de vibração
- Melhoria sintomática em decúbito dorsal com joelhos e ancas fletidos
- Especialmente em hérnias discais lombares baixas
Sintomas
-
Dor axial lombar (lombalgia)
-
Esta pode ser discogénica ou de natureza mecânica
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Pode preceder a hérnia
-
- Dor radicular (nádega e perna)
-
Piora frequentemente ao sentar e melhora ao levantar
-
Sintomas agravados por tosse, manobra de Valsalva e espirros
-
Dor não agravada pela marcha
-
- Síndrome da cauda equina (1 – 10 %)
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Dor bilateral nas pernas
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Fraqueza dos membros inferiores
-
Anestesia em sela
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Sintomas geniturinários e intestinais
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Exame físico
Inspeção
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Mobilidade lombar limitada
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A dor é frequentemente o fator limitante
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Inclinação do paciente para o lado oposto à radiculopatia
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Esforço para aumentar o tamanho do neuroforame
Palpação
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Espasmos da musculatura paravertebral
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Dor à palpação na musculatura paravertebral
-
Achados inespecíficos
Exame motor e reflexos (ver também exame neurológico dos membros inferiores)
Radiculopatia L3
-
-
Fraqueza na adução da anca
-
Fraqueza na extensão do joelho
-
Dor dermatomal na face anteromedial da coxa
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Radiculopatia L4
-
-
Fraqueza na dorsiflexão do tornozelo (L4 > L5)
-
Reflexo patelar diminuído
-
Dor dermatomal na face lateral da coxa, atravessando o joelho até ao pé medial
-
Radiculopatia L5
-
-
Fraqueza do extensor do hálux (L5)
-
Avaliação manual:
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Fraqueza na dorsiflexão do tornozelo (contribuição L4 > L5)
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Teste com marcha sobre os calcanhares
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Fraqueza na inversão do tornozelo
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Fraqueza na abdução da anca (L5): paciente em decúbito lateral, abduzir a perna contra resistência
-
Dor dermatomal na face anterolateral da perna e dorso do pé
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-
Radiculopatia S1
-
-
Fraqueza na flexão plantar do tornozelo (S1): paciente realiza 10 elevações unipodais
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Reflexo aquileu diminuído
-
Dor dermatomal na face posterior da perna e pé lateral
-
Testes provocativos
-
- Elevação da perna estendida (sinal de Lasegue)
- Sinal de tensão para raízes L4, L5 e S1
- Pode ser realizado sentado ou supino
- Reproduz dor e parestesias entre 30° e 70° de flexão da anca
- Achado físico mais importante e preditivo de boa resposta cirúrgica
- Elevação contralateral da perna estendida
- Menos sensível mas mais específica
- Teste de estiramento do nervo femoral (sinal de Wasserman)
- Sinal de tensão para L2 e L3
- Realizado em decúbito ventral com joelho fletido e anca estendida
- Dor na face anterior da coxa = positivo
- Sinal de Bragard
- Elevação da perna até ao ponto de dor, depois descer ligeiramente até a dor ceder
- Dorsiflexão do tornozelo agrava a dor
- Sinal do cordão (Bowstring)
- Elevação da perna com compressão da fossa poplítea agrava a dor
- Teste de Kernig
- Dor com flexão do pescoço, flexão da anca e extensão da perna
- Teste de Naffziger
- Dor provocada por tosse após compressão das veias cervicais em decúbito supino
- Teste de Milgram
- Dor com elevação da perna estendida durante 30 s em supino
- Elevação da perna estendida (sinal de Lasegue)
- Análise da marcha
- Marcha de Trendelenburg
- Devido à fraqueza do glúteo médio (inervado por L5)
- Marcha de Trendelenburg
Imagiologia
Radiografias
Visões recomendadas
-
-
Incidências AP e perfil
-
Útil para localização cirúrgica
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Identificar vértebras anómalas (sacralização de L5 ou lumbarização de S1)
-
Visões opcionais
- Flexão‑extensão
- Identifica instabilidade
- Se presente, pode alterar o plano cirúrgico para incluir fusão

Achados
-
Geralmente normais
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Achados anormais
-
Perda da lordose (espasmo)
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Perda de altura discal
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Especialmente ao nível envolvido
-
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Espondilose lombar (alterações degenerativas)
-
Hipertrofia facetária
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Colapso do espaço discal
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Osteófitos peridiscais
-
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Escoliose ciática
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Listagem côncava ou convexa para o lado ipsilateral à hérnia
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Sensibilidade
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Baixa sensibilidade para identificação de hérnia discal
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Mais usada como triagem de outras patologias antes de prosseguir para RM
Mielograma por TC
-
Indicações
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Doentes com contraindicação a RM (p. ex., portadores de marca‑passos)
-
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Incidências
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Reconstruções sagitais e coronais demonstram compressão do saco tecal
-
-
Achados
-
Defeito de enchimento no nível da hérnia
-
Pode evidenciar disco calcificado
-
-
Sensibilidade
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93 % de precisão na deteção de patologia cirúrgica associada
-
Incapaz de detetar hérnias foraminais ou extraforaminais
-

RM sem gadolínio
-
Indicações
- Dor persistente > 1 mês sem resposta ao tratamento conservador
-
Presença de sinais de alarme:
-
Infeção (usuário de drogas IV, febre, calafrios)
-
Tumor (história de cancro)
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Trauma (acidente de viação ou queda)
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Síndrome da cauda equina (alterações geniturinárias/intestinais)
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- Modalidade de escolha para hérnias discais lombares
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Alta sensibilidade e especificidade
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Útil para planeamento pré‑operatório
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Diferencia de quistos sinoviais facetários
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Elevada taxa de achados anormais em pessoas assintomáticas; correlacionar sempre com clínica
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- Incidências
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Reconstruções T2 sagital e coronal
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Localizam nível e lado da hérnia
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Identificam localização anatómica (central vs. paracentral vs. foraminal vs. extraforaminal)
-
RM com gadolínio
Indicações
Útil em casos de cirurgia de revisão
Achados
Distingue fibrose pós‑cirúrgica (realça com gadolínio) de recidiva de hérnia discal (não realça)
Tratamento
Não operatório
Repouso e fisioterapia, medicação anti‑inflamatória e opióides limitados
- Indicações
- Primeira linha de tratamento na maioria dos doentes com hérnia discal
- Dor radicular de nova instalação
- Ausência de défice motor significativo
- Ausência de síndrome da cauda equina
- Sem incontinência urinária ou fecal
- Resultados
- 90 % melhoram sem cirurgia
- Bons preditores de resultado favorável: nível de escolaridade mais elevado
Injeções seletivas de corticosteroide na raiz nervosa
- Indicações
- Segunda linha de tratamento se a fisioterapia e a medicação falharem
- Normalmente após 6 semanas
- Técnica
- Podem ser administradas por via transforaminal ou interlaminar
- A abordagem transforaminal é preferível para hérnias far‑laterais
- Resultados
- Melhoria sustentada em ~ 50 % (vs. ~ 90 % com cirurgia)
- Melhores resultados em doentes com discos extrudidos vs. contidos
- Sem diferença no alívio da dor com lidocaína isolada ou combinada com corticoides
Operatório
Laminotomia e discectomia (microdiscectomia)
-
Indicações
-
Dor incapacitante persistente > 6 semanas, refratária a opções não operatórias (incluindo injeções epidurais)
-
Défice motor progressivo e significativo
-
Síndrome da cauda equina
-
Idealmente tratada dentro de 2 meses para melhores resultados cirúrgicos
-
-
Reabilitação
-
Os doentes podem regressar a atividades de intensidade média a alta entre 4 e 6 semanas
-

Resultados
-
-
Melhoria da dor e da função superior à não operatória
-
Alívio precoce e sustentado da dor até 2 anos
-
Probabilidade semelhante de incapacidade a 5 anos
-
Bons preditores de sucesso cirúrgico:
-
Dor radicular como queixa principal
-
Teste de elevação da perna estendida positivo
-
Défice motor correlacionado com compressão radicular na RM
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Ser casado
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Sintomas progressivamente agravados antes da cirurgia
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Atletas profissionais
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Idade mais jovem e maior número de competições antes da lesão
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Hérnias paracentrais e foraminais
-
Hérnias em níveis mais caudais (L5‑S1 apresentam melhores resultados que L2‑3)
-
-
Maus preditores de sucesso cirúrgico:
-
-
Sistema de compensação laboral (workers’ compensation)
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Menor alívio dos sintomas e melhoria da qualidade de vida em doentes sob WC
-
Fumadores
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Cefaleias crónicas
-
Depressão
-
Microdiscectomia far‑lateral
Indicações
Hérnias discais far‑laterais
Técnicas
Repouso, fisioterapia, anti‑inflamatórios e uso limitado de narcóticos
-
Repouso absoluto seguido de atividade gradual conforme tolerado
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Tratamento histórico
-
A maioria dos protocolos modernos envolve atividade imediata com modificações para evitar a exacerbação da dor
-
-
Medicação
-
AINEs
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Relaxantes musculares (mais eficazes do que placebo, mas com efeitos secundários)
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Desmame oral de corticoides
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Melhoria modesta mas significativa da função, sem melhoria significativa da dor
-
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Narcóticos
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Tipicamente evitados devido ao perfil de complicações
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Risco de dependência
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Dificuldade no controlo da dor pós‑operatório
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Resultados piores após tratamento cirúrgico
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Se utilizados, geralmente por curto período (2–3 dias) na fase aguda
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- Fisioterapia
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Iniciada normalmente três semanas após o início dos sintomas
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Exercícios de extensão são extremamente benéficos
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Tração
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Manipulação quiroprática
-
Deve ser realizada com cuidado
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Laminotomia e discectomia (microdiscectomia)
-
-
Diversas técnicas disponíveis
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A maioria pode ser realizada de forma minimamente invasiva
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Pode ser feita com pequena incisão ou acesso tubular
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Técnica aberta com retractor tipo manivela (McCulloh)
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Discectomia realizada ao microscópio ou com lupa
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Não há diferença de resultados entre ambas as técnicas
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Técnicas endoscópicas disponíveis
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Permitem incisões menores
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Resultados semelhantes em todas as abordagens cirúrgicas
-
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Excissão de fragmento vs curetagem estendida do espaço discal (discectomia subtotal)
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Menor dor lombar a longo prazo com excisão de fragmento
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Taxas mais elevadas de recidiva com excisão de fragmento ao follow‑up de 2 anos
-
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Injeções seletivas de corticosteroide na raiz nervosa
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Epidural
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Bloqueio seletivo de raiz
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Podem ser terapêuticas e diagnósticas
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Úteis em casos de dilemas diagnósticos
Microdiscectomia far‑lateral
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Utiliza abordagem paravertebral de Wiltse
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Pode também ser realizada com retractores tubulares ou tipo manivela
Complicações
Rotura dural
-
Ocorre em 0–4 % dos casos
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Tratamento
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Se existir rotura no momento da cirurgia, efetuar reparo estanque
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Não tem demonstrado afetar negativamente os resultados a longo prazo
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Discíte piogénica
-
Ocorre em 2,3 % dos casos
-
Tratamento
-
Antibióticos IV ± I&D cirúrgica
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Hérnia discal recorrente
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Definida como ciática recorrente ao nível operado
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Intervalo sem dor de 6 meses antes da recidiva dos sintomas
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A patologia pode ser ipsilateral ou contralateral à apresentação inicial
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Taxa de recidiva de 5–15 %
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Taxa de reoperação aos 8 anos de seguimento é de 15 %, segundo o estudo SPORT
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Fatores protetores contra recidiva
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Hérnias discretas
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Defeitos anulares pequenos (< 6 mm)
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Tratamento
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Pode iniciar por via não operatória
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Microdiscectomia de revisão em doentes com sintomas persistentes
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Resultados da revisão demonstram eficácia semelhante à discectomia primária
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Infecções da ferida operatória
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Ocorre em até 3 % dos casos
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Abscesso epidural em 0,3 % dos casos
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Fatores de risco
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Uso do microscópio foi proposto como fonte de infeção
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Alguns dados refutam esta associação
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Tratamento
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Infeções superficiais
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Tratar com cuidados locais da ferida e antibióticos
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Infeções profundas
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I&D cirúrgica
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Fibrose epidural
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A cicatrização comprime a dura, levando a sintomas radiculares
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Associada a resultados insatisfatórios após cirurgia de revisão
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Lombalgia persistente
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Doentes têm 3,2× mais probabilidade de radiculopatia recorrente
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A RM pode demonstrar retração da dura no lado da lesão
Lombalgia crónica
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Não totalmente compreendida, mas a sensibilização central pode ser um fator
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Amplificação do sinal neural no sistema nervoso central, levando a hipersensibilidade à dor
-
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Alterações de Modic na RM associadas a dor lombar pós‑operatória
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Diários de dor podem ajudar a identificar doentes com maior probabilidade de sensibilização, carga psicossocial elevada e necessidade de recursos de gestão da dor
Catástrofe vascular
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Extremamente rara
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Causada por perfuração do ânulo anterior e lesão da veia cava ou aorta
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Tratamento – Reconhecimento imediato da complicação seguido de reparo coordenado pelo serviço vascular
Instabilidade
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Devido a resseção excessiva da lâmina e pars interarticularis
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Nem todos os doentes são sintomáticos
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Tratamento – Instrumentação e fusão do segmento afetado
Prognóstico
História natural
- 90 % dos doentes melhoram dos sintomas em 3 meses sem tratamento médico intensivo
- Menos probabilidade de melhoria se permanecer sintomático após 6 semanas
- Fatores associados a bons resultados com tratamento não operatório
- Ausência de radiculopatia
- Fatores associados a maus resultados com tratamento não operatório
- Doentes obesos (IMC > 30)
- Sintomas presentes há mais de 6 meses antes do início do tratamento
Dimensão da hérnia diminui com o tempo (reabsorção)
-
- Hérnias discais sequestradas apresentam maior grau de reabsorção espontânea
- Fagocitose por macrófagos e degradação enzimática são o mecanismo de reabsorção
Fatores associados a resultados cirúrgicos favoráveis
- Dor intensa na perna antes da cirurgia
- Duração mais curta dos sintomas
- Idade mais jovem
- Maior nível de atividade física pré‑operatória
O tratamento cirúrgico é equivalente ao não cirúrgico a longo prazo
- A cirurgia proporciona alívio mais rápido da dor